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História do Forex – Introdução Profissional ao Forex – Parte 3

  

Nenhuma imagem ou texto devem ser tomados como indicação de investimento. Todo o conteúdo a seguir deve ser visto apenas com fins educacionais

Olá, esse é o terceiro artigo explicando o Forex desde o princípio, a parte inicial para você se profissionalizar no maior mercado do mundo: o Mercado de Câmbio.

Nos dois primeiros estudos foi feita uma ótima introdução em que expliquei sobre o que é Forex, o tamanho e funcionamento do mercado, o que se negocia nele, as moedas disponíveis, e quem são os operadores. Também iniciamos o estudo sobre a negociação através de pares, que é algo que muita gente ainda não entende na sua totalidade, mesmo após alguns anos de mercado. Se ainda não viu os materiais anteriores, acesse abaixo:

Artigo 1: Introdução Profissional ao Forex

Hoje vamos estudar sobre a História do Forex, como tudo começou, e essa trajetória vai te fazer entender por que as cotações das moedas flutuam tanto, e a cada momento um novo preço é estabelecido para cada par. Espero que goste, e fique atento ao local em que você pegou o link desse artigo, pois lá serão publicados os demais desse super série.

HISTÓRIA DO FOREX

Em 1876 um modelo de troca de moedas baseada no ouro teve início, o famoso “Padrão Ouro”. Todas as moedas do mundo precisavam ter sua cotação baseada nesse metal. A intenção por trás disso era que as cotações das moedas ficassem estabilizadas, e que isso ocorresse com base na cotação do ouro. A Inglaterra, por ser a grande potência da época, e Londres o grande centro financeiro do mundo, impôs o padrão ouro naquele tempo.

Internacionalmente, o padrão-ouro significou que os países participantes adotariam um regime cambial fixo. Cada país fixou, então, o valor de sua moeda em relação a uma quantidade específica de ouro. Essas nações também se comprometeram a elaborar e pôr em prática políticas monetárias de compra e venda de ouro, de modo a preservar a equiparação da moeda com o metal. Porém, apesar te ter sido uma intenção boa, esse modelo gerou complicações com o surgimento da Primeira Guerra Mundial. Nessa época os países europeus não tinham ouro suficiente para sustentar a quantidade de dinheiro que estava sendo emitido com vistas a pagar os grandes projetos militares. Entre a Primeira e a Segunda Guerra, o mundo viveu um período caótico para cotar adequadamente suas moedas.

Para saber como de fato nasceu o Forex, vamos primeiro e rapidamente entender o que foi o “Sistema Bretton Woods” que aconteceu em 1944. Após o fim da Segunda Guerra, e tendo os Estados Unidos se firmado como nova potência mundial, o país impôs ao mundo o dólar como moeda internacionalmente reconhecida, e se colocou como tendo a supremacia no campo monetário e de finanças mundiais.

Com o acordo de Bretton Woods ficou estabelecido que as moedas do mundo teriam as cotações com base no dólar, e o dólar teria sua cotação com base no ouro. Com isso, após abandonar o modelo do padrão ouro, os países decidiram então ter taxas de câmbio fixas que resultariam do dólar americano como principal moeda de reserva, e que o dólar seria a única baseada no ouro. Isso significava que o ‘Padrão-Ouro’ ainda que indiretamente, tinha influência nas taxas de câmbio. Nesse período, países do mundo todo mantiveram reservas em dólares americanos.

Quando solicitado, os EUA recebiam de volta os dólares, e pagava em ouro. Os Estados Unidos permaneceram trocando ouro por dólares até meados de 1971. Nesse ano, a França e outros países europeus começaram a esvaziar suas reservas de dólares o máximo possível, resgatando ouro, tudo para diminuir a influência do Tio Sam no exterior. Com isso, os EUA declararam que não trocariam mais ouro por dólares norte-americanos mantidos em reservas estrangeiras, e esse fato marcou oficialmente o fim do Sistema de Bretton Woods. O colapso desse sistema fez com que houvesse uma aceitação global das taxas de câmbio flutuantes em 1976. Esse foi de fato o nascimento do Forex.

A partir de então, o sistema monetário internacional seria constituído de pura moeda-fiduciária, que são títulos não conversíveis, ou seja, não é lastreado em nenhum metal (ouro, prata p.ex.). O valor da moeda-fiduciária vem da confiança que as pessoas têm em quem emitiu o título. Esse título pode ser dinheiro em papel, cheque, título de crédito etc.

Talvez isso seja novidade, mas de fato, os países imprimem dinheiro com base na “confiança na economia” e em políticas monetárias, que podem ser afetadas por vários fatores ao longo do tempo. Em certas crises, os países podem decidir simplesmente imprimir dinheiro para incentivarem a economia. Há inúmeros riscos envolvidos nessa atividade, mas ela ocorre, sempre com um bom argumento (espera-se). Quando uma nação está bem economicamente e as pessoas confiam no seu sistema democrático e de justiça, ou mesmo acreditam na força das instituições, há uma confiança maior na governabilidade e no compromisso do país em honrar suas obrigações. Isso muitas vezes pode incentivar a impressão de mais dinheiro.

A relação que esse desenvolvimento do país tem com a confiança do povo em geral, e a relação da segurança de outras nações com seus sistemas políticos leva as pessoas a especularem qual economia/governo está melhor, e em qual moeda é mais interessante deixar seu dinheiro aplicado. Essas intenções  são expressas na forma de compra e venda de uma moeda em relação a outra, como vimos ao estudar a negociação através de pares. E a grande quantidade dessas movimentações financeiras faz com que a cotação entre as moedas envolvidas varie praticamente a cada segundo. Não importa mais quanto ouro cada país tem em suas reservas.

Veja por exemplo o que ocorreu na Venezuela. Não só o povo do próprio país perdeu a confiança no governo, como também o mundo praticamente todo percebeu os problemas daquele local e entendeu como uma nação que não fornecia mais garantias e segurança adequadas. Assim, houve uma debandada de investimentos daquele país, as pessoas não queriam mais os bolívares venezuelanos, e ocorreu uma gigantesca oferta daquela moeda. Seu preço despencou, e o papel pra imprimir as notas chegou a custar mais caro do que o valor da nota em si.

O câmbio flutuante é um sistema cambial em que o valor das moedas flutua, varia, de acordo com a oferta e a demanda do mercado. Se muita gente quer comprar determinada moeda, seu valor aumenta devido à alta demanda pelo bem. Todavia se mais pessoas estiverem dispostas a vendê-la, seu valor diminui por causa desse aumento na oferta do ativo. É assim que funciona no Forex, e você vai aprender mais sobre esse processo, e de como buscar oportunidades de ganhar dinheiro com essas ‘flutuações’, nos próximos artigos.

Por hoje ficamos por aqui, mas aguarde as próximas partes dessa super série, garanto que você irá gostar muito. Para isso, fique atento onde você pegou esse link, e retorne lá para ser avisado quando sair um novo artigo.

Espero ter te ajudado.

Deixo aqui meu abraço e o desejo que você tenha as habilidades necessárias para ser um trader de sucesso.

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